24 de novembro de 2014

Minhas experiências de infância com o dinheiro

 Olá pessoal, tudo bem?
 
Quero falar hoje sobre minhas experiências com educação financeira quando criança e adolescente. Quero dividir o que meus pais me passaram, e como deu fruto.
Na verdade, só vim conhecer a idéia de planejamento financeiro a uns dois anos atrás, quando comecei, ainda timidamente a pesquisar sobre o tema na internet.
Meus pais nunca usarem este terma específico comigo. Pouco era se conversado sobre isso, comparando a importância do tema, pouco se era falado...
Meus pais se separam quando eu ainda era muito criança, mal sabia andar. Fui morar com a minha mãe, e  aos finais de semana, ficava com meu pai, na casa da minha vó paterna.
Ao dez anos, ganhei uma irmã por parte de pai. Somente a partir dai, tenho memória das conversas com meu pai em relação ao  dinheiro.
 
Todo final de semana que ficava com meu pai, era uma alegria danada. Ele morava atrás de um shopping, logo a nossa frequência lá, era bem constante. [E vocês sabem como shopping é um mini parque de diversão para qualquer criança].
Meu pai, sempre gostou muito de passear, de andar por São Paulo. Sempre me levava para museus, parques, shoppings diferentes, exposições e etc. [O época gostosa].
Na época, ele não tinha carro. Assim, nosso único meio de transporte era de transporte público, o que não diminuía em nada a nossa diversão.
Quando a grana estava curta, meu pai sempre falava a verdade pra mim. Lembro muito bem de frases assim: "Filha, hoje o Pai esta sem dinheiro. Nós vamos no shopping só olhar, não posso comprar nada", "Hoje só tenho dinheiro para um sorvete, tah?!", "Quando o Pai receber, vamos ao cinema assistir aquele filme que você quer". E eu sempre o escutava, confiando que quando desse, faríamos algo melhor. Como de fato, sempre que era possível, fazíamos
 
Meu pai me ensinou a aceitar que muitas vezes não tinhamos dinheiro para fazer um passeio X, porém, poderíamos fazer um passeio Y mais em conta. Me ensinou a entender que só podemos usar o dinheiro que temos.
Na época que consegui meu primeiro emprego, nossas conversas mudaram de tom. A idéia agora, era que eu aprendesse a poupar pelo menos 10% do meu salário. [Pelo menos, era isso que ele tentava me ensinar. De fato, alguns momentos consegui poupar, uma porcentagem até maior. Contudo, não consegui criar esse hábito e fazê-lo todo mês. Uma pena, eu sei].
 
Já com a minha mãe, não tenho lembranças de conversas que envolvesse dinheiro. Entretanto com ela eu aprendi a fazer  "cofrinho". [E só Deus e ela sabem, que em alguns momentos, foi crucial eu ter um cofre!].
Cresci vendo minha mãe fazendo um cofre para nós usarmos em algum objetivo específico. Uma viajem, um presente, uma festa.
Se tem algo que consegui colocar em prática, foram os danados dos "cofrinhos"!
Já fiz e usei para me presentear, para presentear meu namorado, na época. Já fiz para ajudar em uma viagem, para pagar alguma taxa que não tinha dinheiro, para ajudar no meu chá de cozinha, e o último aberto a cerca de dois meses, para ajudar no meu casamento! [Foi uma bela ajuda].
A idéia do cofrinho é ótima, mas são para valores menores. Nunca fiz um que me rendesse mais que $350,00, sempre em moedas de 1,00 , 0,50 e no mínimo 0,25.
 
De uma forma geral, apesar de não ser um tema recorrente em casa, a educação financeira, sempre se fez presente em minha relação com meus pais. Acredito que mais do que as conversas em si, os exemplos foram mais importantes e marcantes na minha infância e adolescência.
Eu poderia escrever muitos mais exemplos que lembro, mas preferi escolher os que eu acredito que foram mais importantes.
Se eu pudesse voltar atrás, teria levado a finco o conselho de poupar impreterivelmente todo mês pelo menos 10% do que ganhava. Se tivesse maturidade para isso na época, esse dinheiro seria usado especificamente para ajudar na compra do meu primeiro imóvel. O que hoje ainda não tenho!
 
Mas e vocês? Qual foi o conselho mais marcante para vocês?

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